Ao fim de 2025, alguns episódios registrados em Alagoas acendem um alerta preocupante para as instituições, especialmente para o Judiciário, que representa o último amparo do cidadão diante de abusos e violações. Casos recentes de violência e intimidação reforçam a necessidade de atenção redobrada do poder público.
Entre os fatos ocorridos, dois se destacam por envolver figuras políticas do interior do estado que parecem ignorar que o contexto atual é de 2026, e não de décadas passadas marcadas por práticas autoritárias e violentas. Situações como essas despertam apreensão em uma sociedade que já sofreu profundamente com a combinação de corrupção e violência.
Um dos episódios mais graves aconteceu há poucos meses, quando o prefeito de Major Isidoro, Theobaldo Cintra, teria invadido a propriedade de um vizinho acompanhado de homens armados, resultando na morte de gado pertencente a José Emílio Dantas. O caso reúne elementos que historicamente causam temor à população: uso da força, abuso de poder e ostentação.
Outro fato que gerou forte repercussão ocorreu nesta semana, envolvendo o ex-prefeito e ex-deputado Jairzinho Lira, de Lagoa da Canoa, acusado de ameaçar um jornalista pelo simples exercício da atividade profissional de informar, atitude que afronta a liberdade de imprensa e o Estado Democrático de Direito.
Diante desse cenário, cresce a expectativa de que o governador Paulo Dantas, cuja gestão tem sido marcada por proximidade com a população, adote medidas firmes e exemplares. A sociedade não admite retrocessos nem comportamentos que comprometam o trabalho das forças de segurança e de uma administração que busca diálogo, respeito e legalidade.

