O soldado da Polícia Militar Miguel Santos, preso sob suspeita de matar a tiros o enfermeiro Ítalo Fernando de Melo, de 33 anos, dentro de um motel em Arapiraca, negou envolvimento no crime durante depoimento prestado à polícia. O homicídio ocorreu na madrugada do último domingo (14).
Segundo o delegado Humberto Couto, que acompanhou os depoimentos na Central de Polícia, o militar afirmou que estava de serviço até a meia-noite do sábado (13) e que, após o expediente, seguiu diretamente para casa. A versão foi apresentada na presença de advogados.
A esposa do policial, que também foi ouvida, declarou que não esteve no motel no momento do crime. Conforme relatado pelo delegado, ela informou ainda que havia emprestado o carro ao enfermeiro após o trabalho, mas disse desconhecer o destino dele. Posteriormente, a mulher registrou um boletim de ocorrência relatando o roubo da motocicleta.
Questionados sobre a existência de um possível relacionamento amoroso entre a vítima e a esposa do militar, ambos optaram por permanecer em silêncio durante o depoimento, conforme explicou o delegado.
Apesar das negativas apresentadas, a Polícia Civil afirma que o policial segue como principal suspeito. De acordo com o delegado Ueslei Lima, coordenador da Unidade de Atendimento ao Local de Crime 3 (UALC 3), há elementos que sustentam a linha investigativa.
“Existem evidências que apontam o militar como autor dos disparos”, afirmou Lima. Segundo ele, a hipótese de motivação passional continua sendo considerada como a principal linha de apuração.
O caso segue sob investigação da Polícia Civil, que aguarda a conclusão de perícias e a análise de novos elementos para esclarecer as circunstâncias do crime.

