O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), questionou a atualidade dos exames apresentados pela defesa de Jair Bolsonaro (PL) para solicitar a internação e uma nova cirurgia do ex-presidente no hospital DF Star, em Brasília. Em decisão desta quinta-feira (11), o magistrado afirmou que, apesar de os advogados alegarem que Bolsonaro apresentou “novas intercorrências médicas, que justificariam a realização de imediata intervenção cirúrgica”, os documentos tinham pelo menos três meses.
“Os exames médicos apresentados pela defesa não são atuais, sendo que o mais recente foi realizado há 3 meses, sem que à época os médicos tenham indicado necessidade de imediata intervenção cirúrgica”, destacou a decisão do ministro.
Diante disso, o relator do caso determinou que a Polícia Federal (PF) realize uma perícia médica oficial no prazo de 15 dias para avaliar a necessidade de intervenção cirúrgica imediata apontada pela defesa do ex-presidente, preso na Superintendência da PF desde 22 de novembro. O ministro observou que Bolsonaro não mencionou essa necessidade ao ser preso.
A última cirurgia realizada pelo ex-presidente ocorreu em setembro, quando ele passou por um procedimento de remoção de lesões na pele. A intervenção foi conduzida pelo médico Claudio Birolini, que também operou Bolsonaro em abril deste ano, no intestino.
O ex-presidente cumpre prisão na Superintendência da Polícia Federal em Brasília desde 22 de novembro. Inicialmente em regime preventivo, ele passou a cumprir a sentença em regime fechado após o trânsito em julgado do processo sobre a trama golpista, em 25 de novembro.

