O IBGE divulgou nesta quarta-feira (10) um levantamento que aponta nova redução no número de nascimentos no país. Os dados fazem parte da publicação “Estatísticas do Registro Civil 2024” e reforçam a tendência de queda da natalidade observada nos últimos anos.
De acordo com o instituto, 2.442.726 registros de nascimento foram feitos em cartórios brasileiros ao longo de 2024. Desse total, 2.376.901 correspondem a crianças nascidas no próprio ano e registradas até o primeiro trimestre de 2025. Quando comparado a 2023 — ano em que foram contabilizados 2.523.267 nascimentos — o número representa uma queda de 5,8%, equivalente a 146.366 nascimentos a menos.
Outros 65.825 registros (2,7% do total) referem-se a crianças nascidas em anos anteriores ou com ano de nascimento não informado, mas que entram na contagem de 2024.
A pesquisa utilizou informações do Painel de Monitoramento de Nascidos Vivos, do Ministério da Saúde, e do Portal da Transparência do Registro Civil.
Queda ocorre em todas as regiões
A redução foi observada em todas as grandes regiões do país, com destaque para o Sudeste, que apresentou queda de 6,3%, e o Norte, com redução de 6,2%. Os estados com maiores recuos percentuais foram:
• Acre (-8,7%)
• Rondônia (-8,6%)
• Piauí (-8,2%)
Meses com mais nascimentos
O estudo também analisou a distribuição mensal dos registros. A média ao longo de 2024 foi de 198 mil nascimentos por mês, com picos em março e maio, e o menor volume em novembro. Segundo o IBGE, o padrão confirma a tendência de anos anteriores, com maior concentração de nascimentos no primeiro semestre (52,1%).
Comparação com o período pré-pandemia
Ao comparar 2024 com a média anual de registros entre 2015 e 2019, período anterior à pandemia de Covid-19, o IBGE identificou uma redução de 491.578 nascimentos, o que representa um recuo de 17,1%.
Na avaliação histórica, a queda registrada em 2024 foi mais acentuada do que as observadas nos períodos de 2015–2016 e 2019–2020. O instituto destaca que a redução das taxas de natalidade e fecundidade, somada aos efeitos demográficos pós-pandemia, influencia diretamente o comportamento dos nascimentos no país.

