Um recado atribuído ao PCC, que começou a circular nas periferias e favelas de São Paulo a partir de 2 de dezembro, proibiria a prática de roubos de celulares, joias, eletrodomésticos, bicicletas, motos e carros em áreas controladas pela facção. A mensagem, compartilhada por redes sociais e por áudio nas comunidades, teria caráter de “lei interna” do grupo, com ameaças de punições severas para quem desobedecer. 
O que a mensagem determina
• A proibição abrange furtos e roubos de diferentes tipos de bens considerados “populares” ou de moradores da comunidade, desde aparelhos celulares até veículos. 
• O tom do comunicado é de intimidação direta: quem “trabalhar errado nas quebradas” estaria sujeito a “cobrança à altura”, que pode incluir violência e até risco de vida. 
• A mensagem também responsabiliza não apenas ladrões eventuais, mas “novatos no crime” e supostos incentivadores de roubos, incluindo donos de “bocas ou lojas” que facilitem o crime. 
Repercussão nas comunidades
Fontes ouvidas pela reportagem dizem que o aviso provocou impacto imediato nas localidades onde circulou. Um dos moradores entrevistados relatou:
“Avisaram todas as quebradas, tá sério o negócio, a chapa tá quente” 
O clima descrito é de medo e apreensão, tanto em relação à violência possível caso alguém seja acusado de roubo, quanto à incerteza sobre quem de fato controla o território: a facção ou o Estado.

