Os Correios devem desligar 15 mil funcionários por meio de um novo Programa de Demissão Voluntária (PDV), como parte de seu plano de reestruturação. A projeção é 50% superior à previsão inicial, que era de 10 mil desligamentos.
A empresa planeja encerrar os vínculos de 10 mil trabalhadores em 2026 e mais 5 mil em 2027.
Em nota divulgada no sábado (6), os Correios informaram que o novo programa está sendo “dimensionado com base em estudos técnicos em curso”.
“O foco é garantir adesão voluntária e economicamente viável, com impacto positivo sobre o custo fixo no médio prazo. O objetivo é ajustar o quadro de forma responsável, sem rupturas e valorizando quem construiu a história dos Correios. As informações serão divulgadas às empregadas e empregados oportunamente”, afirma o texto.
Para obter um aporte emergencial de R$ 6 bilhões do Tesouro ainda neste mês de dezembro, os Correios preveem apresentar uma nova proposta à equipe econômica. A ideia é diminuir o montante que estava em negociação e retomar a operação com um empréstimo reduzido, estimado agora entre R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões.
Fontes próximas às discussões afirmam que esse valor ainda pode ser aumentado, dependendo do andamento do plano de reestruturação e da aceitação dos servidores. A medida é considerada fundamental para reduzir despesas fixas e viabilizar o novo plano financeiro.
A mudança de direção ocorre após o fracasso da operação anterior, que previa um empréstimo de R$ 20 bilhões. Na equipe econômica, técnicos avaliam que a proposta era “impossível de aceitar”, por representar “altíssimo risco” para os cofres federais.

