Quase um ano após o crime ocorrido durante uma confraternização na zona rural de Coité do Nóia, o acusado de dopar, agredir e estuprar a jovem Maria Daniela Ferreira Alves continua foragido. A vítima ainda enfrenta consequências graves do ataque: faz tratamento psiquiátrico e fisioterapia e convive com limitações de mobilidade desde aquele dia.
O inquérito conduzido pela Delegacia de Palmeira dos Índios foi finalizado no início do ano e encaminhado à Justiça, que decretou a prisão de Victor Bruno da Silva. No entanto, informações falsas repassadas à polícia ao longo dos últimos meses dificultaram as buscas e impediram que o suspeito fosse localizado.
“Chega muita denúncia. Uns falam que ele foi embora, outros falaram que foi para Bolívia e ainda que continua escondido em Coité do Nóia. Ficam passando informação errada que eu acredito que seja para atrapalhar”, afirmou o policial civil Diogo Martins, integrante da equipe que investigou o caso.
Segundo laudo toxicológico, a jovem foi dopada antes do crime. De acordo com a denúncia, os fatos ocorreram em uma chácara da família do suspeito, localizada no Povoado Poção. Horas depois de chegar ao local, Daniela foi levada por Victor Bruno a uma unidade de saúde, desorientada, com marcas de sangue no vestido e na região genital, além de traumatismo craniano, segundo relato da família.
Devido à gravidade do quadro, ela foi transferida para a UTI, onde permaneceu em coma por quatro dias.

