Auxiliares do governo Lula passaram, nos últimos dias, a considerar mais provável que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reverta em breve as sanções aplicadas contra determinadas autoridades brasileiras.
Entre as principais expectativas está a possibilidade de que o governo norte-americano desfaça a aplicação da Lei Magnitsky sobre o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e sua esposa, a advogada Viviane Barci.
Integrantes da administração federal também acreditam que a Casa Branca poderá cancelar outras punições direcionadas a membros do governo brasileiro, como a suspensão de vistos de turismo para entrada em território americano.
O otimismo cresceu após a conversa telefônica realizada na terça-feira (2) entre Lula e Trump, que teria abordado diretamente o tema das sanções.
Trump confirma discussão sobre sanções
O próprio presidente dos Estados Unidos relatou a jornalistas que tratou do assunto com Lula durante a ligação.
“Falamos sobre comércio. Falamos sobre sanções porque, como você sabe, eu impus sanções relacionadas a certas coisas que aconteceram”, declarou Trump na terça-feira, ao ser questionado sobre o conteúdo da conversa.
Pouco depois, Trump publicou uma mensagem em suas redes sociais mencionando novamente o tema e confirmando que a situação de “diversas autoridades brasileiras” foi parte da pauta.
“Tivemos uma conversa muito produtiva com o Presidente Lula do Brasil. Entre os assuntos discutidos, estiveram o comércio, como nossos países poderiam trabalhar juntos para combater o crime organizado, as sanções impostas a diversas autoridades brasileiras, tarifas alfandegárias e vários outros temas. O Presidente Lula e eu estabelecemos uma relação em uma reunião que ocorreu nas Nações Unidas, e acredito que isso preparou o terreno para um diálogo e acordos muito bons no futuro. Aguardo ansiosamente um reencontro e uma conversa com ele em breve. Muitas coisas boas virão dessa parceria recém-formada!”, escreveu Trump.

