A eleição do governador Paulo Dantas para a presidência do Consórcio Nordeste marca um novo capítulo de sua trajetória pública desde que assumiu o comando de Alagoas. Pela primeira vez, o governador ocupa uma posição de liderança institucional de alcance regional, ampliando seu espaço político para além das fronteiras do Estado.
O gesto dos demais governadores da região, que o escolheram para comandar o consórcio em 2026, reforça um reconhecimento que vinha se consolidando nos bastidores: sua presença cada vez mais ativa nas discussões e iniciativas do grupo.
A indicação ganhou ainda mais peso após o governador do Piauí, Rafael Fonteles, que ao transmitir o cargo fez questão de destacar o papel do colega alagoano. Ele ressaltou a confiança entre os governadores nordestinos e elogiou o engajamento de Paulo nas agendas do consórcio — um sinal de alinhamento interno e de expectativa sobre os resultados do novo ciclo.
A trajetória de Paulo Dantas ajuda a explicar o movimento. Prefeito de Batalha, deputado estadual, e agora governador, ele construiu uma carreira sustentada em articulação política e presença efetiva nas agendas mais importantes. No Consórcio Nordeste, a participação mais frequente em reuniões e a defesa de projetos conjuntos fortaleceram sua imagem como articulador, especialmente em áreas como desenvolvimento econômico, infraestrutura, inovação e atração de investimentos.
Ao assumir a presidência, Paulo ganha uma vitrine regional que pode ampliar seu capital político. O Consórcio Nordeste reúne governos com agendas próprias, mas que compartilham grandes desafios em áreas estratégicas. A função de presidente exige habilidade de coordenação, capacidade de diálogo e visão conjunta. Habilidoso, o governador de Alagoas pode se consolidar como uma das vozes influentes do bloco no próximo ano.
Para Paulo, é a oportunidade de liderar um fórum político representativo que costuma atrair atenção nacional, especialmente em temas relacionados a desenvolvimento regional e políticas públicas integradas. A presidência, entretanto, não é apenas um cargo simbólico. Ela exigirá do governador atuação permanente. O próximo ano será decisivo para medir sua capacidade de lidar com esse novo papel.
Fonte: Blog de Edivaldo Junior