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    Home»BRASIL»Após decisão do STF, criança com doença rara recebe dose do remédio mais caro do mundo
    BRASIL

    Após decisão do STF, criança com doença rara recebe dose do remédio mais caro do mundo

    2025-11-27T10:33:38-03:000000003830202511

    Quase três meses após determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), um menino de dois anos, portador de uma doença rara, finalmente recebeu a aplicação do Zolgensma — conhecido como o medicamento mais caro do mundo — em Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba. O tratamento, avaliado em aproximadamente R$ 7 milhões, só foi possível após liberação de recursos por parte do governo federal.

    Em 21 de agosto, a ministra Cármen Lúcia decidiu que a União deveria arcar não apenas com o custo do remédio, mas também com despesas hospitalares, internação e honorários médicos. Apesar da ordem judicial, a família do pequeno Joaquim Burali relata que precisou aguardar por cerca de três meses até que a maior parcela do valor, cerca de R$ 5,5 milhões, fosse efetivamente repassada.

    A aplicação ocorreu em 14 de novembro, no Hospital Angelina Caron. Segundo os pais, Joaquim apresentou boa resposta e não teve complicações após a infusão da dose única do medicamento. Ele foi diagnosticado com AME (Atrofia Muscular Espinhal) tipo 2, uma enfermidade degenerativa que afeta funções motoras.

    A família afirma ainda que, embora o montante exigido para o tratamento fosse de R$ 7 milhões, o governo federal depositou apenas R$ 5,5 milhões. Diante disso, os pais buscaram negociação diretamente com a farmacêutica Novartis, que aceitou realizar o procedimento pelo valor pago.

    Residente em Maringá, no Norte do Paraná, a família agora aguarda a alta hospitalar, prevista para ainda esta semana, para retornar com Joaquim para casa. Em nota nas redes sociais, os pais expressaram gratidão: “Obrigado a todos que apoiam essa jornada e sempre estiveram ao nosso lado. Doando, divulgando, mesmo sem suporte público e plano de saúde privado, conseguimos devolver a esperança ao Joaquim.”

    O Ministério da Saúde, por sua vez, confirmou que o primeiro repasse — referente ao valor do medicamento — foi realizado em 18 de setembro. Segundo a pasta, outros dois depósitos ocorreram em outubro para cobrir despesas complementares.

    A pasta também destacou que firmou um acordo de Compartilhamento de Risco com a fabricante, possibilitando a oferta do Zolgensma no SUS para crianças de até 6 meses que não dependam de ventilação mecânica invasiva por mais de 16 horas diárias. O pagamento é condicionado aos resultados clínicos apresentados após o tratamento.

    Distribuição do Zolgensma no SUS
    Em março, o Ministério da Saúde anunciou que o Zolgensma passaria a ser disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde. Dois meses depois, em maio, a primeira aplicação pelo sistema público ocorreu em um bebê de quatro meses no Hospital da Criança de Brasília. A previsão oficial é de que 137 doses sejam administradas até 2027. Segundo estimativas do IBGE, 287 pessoas no Brasil convivem com AME.

    A doença, que não tem cura, impede o corpo de produzir a proteína necessária para a manutenção dos neurônios motores. Como resultado, a musculatura se enfraquece progressivamente, comprometendo movimentos básicos e, nos casos mais graves, funções essenciais à sobrevivência.

    O Zolgensma funciona como uma terapia gênica inovadora: por meio de uma injeção intravenosa, um gene funcional é entregue ao organismo utilizando um vírus inativo como vetor. Ao alcançar os neurônios, ele permite a produção da proteína ausente, possibilitando que o cérebro volte a ativar conexões motoras essenciais.

    Embora outros tratamentos, como nusinersena e risdiplam — ambos oferecidos gratuitamente pelo SUS — atuem na estabilização da doença, apenas o Zolgensma possui a perspectiva de reverter parcialmente os sintomas mais severos em crianças menores. Em 2024, mais de 800 prescrições de nusinersena e risdiplam foram distribuídas para pacientes com AME tipos 1 e 2, que seguem tratamento contínuo.

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