O número de casos de incêndio em vegetação em Alagoas apresentou um aumento significativo em 2025, chegando a quase 50% em relação ao ano anterior. Segundo dados divulgados pelo Corpo de Bombeiros do estado, entre 1º de janeiro e 12 de novembro, foram registrados 733 focos de incêndio, 238 a mais do que no mesmo período de 2024, quando ocorreram 495 casos.
Enquanto isso, o cenário nacional mostra tendência oposta. Dados do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) indicam que, de janeiro até 7 de agosto de 2025, o Brasil registrou 30 mil ocorrências de focos de incêndio em vegetação, o menor número para o período nos últimos 12 anos.
O Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA) apontou que as Unidades de Conservação (UCs) do estado também registraram aumento expressivo nos focos de incêndio. Entre 9 e 15 de novembro, foram contabilizados 15 focos em áreas protegidas, e na semana seguinte, de 16 a 22, o número subiu para 26 focos, representando um crescimento de aproximadamente 73%.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, o clima seco e a baixa umidade relativa do ar em várias regiões de Alagoas contribuem para a intensificação das queimadas. A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh) emitiu, na segunda-feira (24), um alerta de baixa umidade para o Sertão, Sertão do São Francisco e Agreste, válido até quinta-feira (27), com previsão de índices abaixo de 30% em determinados momentos do dia.
Ainda nesta segunda, a cidade de Pão de Açúcar, no interior de Alagoas, registrou a maior temperatura do país, alcançando 38,4°C, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). O calor intenso e a baixa umidade reforçam os riscos de incêndios em vegetação no estado.

