O senador Flávio Bolsonaro (PL) classificou como uma “tentativa de fazer maldade” o vazamento do vídeo que mostra a tornozeleira do ex-presidente Jair Bolsonaro danificada. As declarações foram dadas nesta segunda-feira (24), após reunião com líderes do Partido Liberal (PL) em Brasília.
Segundo Flávio, o ministro Alexandre de Moraes ignorou laudos médicos e decretou a prisão preventiva do ex-presidente mesmo sem ele estar em plenas condições mentais.
“Do meu ponto de vista, quando faz vídeo dele com a tornozeleira com avarias, primeiro esse vídeo vaza sem som, já é uma humilhação para a situação em que ele está. Depois, a vontade de fazer maldade era tão grande que vazou com o som. Quem já ouviu ele percebe que a fala está completamente alterada”, afirmou o senador.
Flávio também disse que a tornozeleira não era o ponto central da decisão judicial: “Tá muito claro para todo mundo que a tornozeleira foi o de menos. Ele já queria fazer no dia 22. Na decisão, há apenas uma referência de duas ou três linhas à tornozeleira.”
O vídeo ao qual o senador se refere foi registrado durante a averiguação do aparelho na madrugada de sábado (22), feita pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seape). Na gravação, Bolsonaro admite que manipulou a tornozeleira usando um ferro de solda por “curiosidade”, mas garante que não rompeu o dispositivo.
Reunião do PL
A reunião do PL foi antecipada para essa segunda-feira (24) após a prisão do ex-presidente, com o objetivo de definir as estratégias da sigla. Segundo integrantes do partido, o foco principal do encontro foi a aprovação da anistia, considerada por Flávio Bolsonaro a pauta mais importante para os parlamentares.
Além de Flávio, participaram do encontro outros filhos do ex-presidente: Jair Renan, vereador em Balneário Camboriú (SC), e Carlos Bolsonaro, vereador no Rio de Janeiro.
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o presidente do partido, Valdemar Costa Neto, também marcaram presença na reunião, reforçando a mobilização da sigla em torno das decisões estratégicas.