A bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) reagiu à manifestação do líder do Partido Liberal (PL), Sóstenes Cavalcante (RJ), que defende a votação na Câmara para autorizar a prisão do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, nesta sexta-feira (21).
De acordo com a compreensão da liderança petista, a situação de Ramagem apresentaria distinções em relação ao ocorrido com Chiquinho Brazão, cuja prisão cautelar foi decretada por Moraes nas investigações do homicídio de Marielle Franco.
A justificativa reside no fato de que, na próxima semana, a ação contra Ramagem estará com o trânsito em julgado, esgotadas as possibilidades de recurso, com a condenação definitiva do Supremo Tribunal Federal (STF) no contexto das investigações sobre atos golpistas.
A condição de Ramagem assemelha-se mais, explicam os parlamentares, à de Carla Zambelli (PL-SP). Em seu caso, o que tramita na Câmara é a decisão do STF sobre a cassação do mandato da parlamentar, e não acerca de prisão, igualmente definitiva.
Tramitação na Câmara
Em declarações ao portal Metrópoles, o líder do PL, Sóstenes Cavalcante, informou que buscará o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), em busca de respaldo contra a ordem de prisão do colega de bancada.
Sóstenes afirmou ainda estar otimista quanto à obtenção do apoio de Motta contra o pedido de prisão e de que os parlamentares votarão com a oposição para sustar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Ele tem mandato. Vamos esperar a Câmara deliberar sobre. Vamos fazer campanha contra [a prisão]. O presidente [Motta] já foi muito solícito quando votou a sustação, e tivemos uma votação expressiva. Não sei se vamos repetir”, disse.

