Um dia após o incêndio registrado na Zona Azul da COP30, em Belém, seis pessoas continuam internadas na rede pública de saúde da capital paraense. Segundo o governo federal, os atendimentos estão relacionados à inalação de fumaça e crises de ansiedade — não houve registros de queimaduras.
De acordo com boletim divulgado pelo Centro Integrado de Operações Conjuntas da Saúde (Ciocs), responsável pelo monitoramento da assistência durante a conferência, 27 pessoas foram atendidas e 21 já receberam alta.
“As equipes de saúde municipal, estadual e federal seguem acompanhando o estado de saúde dos atendidos”, informou o Ciocs, coordenado pelo Ministério da Saúde em parceria com órgãos do Estado e da Prefeitura de Belém.
Incêndio controlado em poucos minutos
O fogo começou pouco depois das 14h e foi controlado em cerca de seis minutos. Às 20h40, o acesso ao pavilhão foi liberado após as autoridades brasileiras atestarem segurança total no espaço da conferência. A informação foi repassada aos participantes pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), órgão da ONU responsável pela COP.
Após a inspeção, um pano branco foi instalado para cobrir a área atingida. O local seguirá isolado até o fim do evento.
Causas seguem em investigação
A Polícia Federal investiga o que provocou o incêndio. Ainda não há conclusão oficial. O governo do Pará trabalha com a hipótese de curto-circuito em um micro-ondas, enquanto o ministro do Turismo, Celso Sabino, afirmou que o fogo pode ter sido iniciado por um celular que carregava no pavilhão.
Para o coordenador do Observatório do Clima, Claudio Angelo, o episódio não tem precedentes na história das conferências climáticas.
“Em 30 anos de Convenção do Clima, nunca houve uma Zona Azul pegando fogo. A relação da ONU com a Casa Civil não poderia ficar pior do que já está”, declarou.

