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    Home»BRASIL»‘Cristã e boa de cama’: Sexóloga evangélica ensina mulheres e casais a conciliar fé e prazer sexual
    BRASIL

    ‘Cristã e boa de cama’: Sexóloga evangélica ensina mulheres e casais a conciliar fé e prazer sexual

    2025-11-17T11:49:04-03:000000000430202511

    “Cristã e boa de cama” é o mantra de Kariely de Andrade, fisioterapeuta pélvica e sexóloga, que transformou sua prática clínica em conteúdo de educação sexual voltado para mulheres religiosas nas redes sociais.

    Em suas postagens, Kariely busca desfazer tabus sobre sexualidade feminina e aborda temas como dor na penetração, culpa e desejo, conectando práticas alinhadas aos dogmas do cristianismo à satisfação no casamento.

    Aos 27 anos, casada há quatro, Kariely cresceu em um lar evangélico e é membro da Assembleia de Deus. Antes de se especializar em saúde íntima, ela própria enfrentou por dois anos dificuldades na relação sexual — identificadas como vaginismo — e decidiu se aprofundar na fisioterapia pélvica para ajudar outras mulheres com problemas semelhantes.

    O atendimento clínico acabou se transformando em uma comunidade digital que hoje soma mais de um milhão de seguidores, composta majoritariamente por mulheres casadas, mas também por noivos e noivas que buscam orientação sexual com princípios, além de pessoas não religiosas que se identificam com sua abordagem.

    Kariely conta que a virada de chave em seu conteúdo ocorreu quando passou a colocar a fé no centro da abordagem, que antes era mais neutra. “Eu via, dentro do público cristão, o interesse em entender sobre a sexualidade com princípios, mas não tinha a quem procurar. Então pensei: preciso me levantar nesse sentido”, afirma.

    Segundo ela, muitos cristãos não têm a quem recorrer para tirar dúvidas sobre sexualidade. “Nem todos os pastores estão preparados para dar essas respostas”, explica.

    A filosofia de Kariely se apoia em dois pilares complementares: evidências clínicas e estudo bíblico. “A palavra de Deus fala muito sobre sexo. É mais a religiosidade que diz ‘não pode’ do que a própria escritura”, diz.

    Na prática, isso significa orientar sobre sexo e saúde íntima sem abrir mão do enquadramento religioso e das referências bíblicas. “Eu só atrelo as evidências científicas aos princípios cristãos que nós temos”, acrescenta.

    Entre as perguntas mais frequentes que recebe, estão: “o que pode e o que não pode entre quatro paredes?” ou “tal prática é pecado?”. Para responder, Kariely aplica três “peneiras”: saúde, consentimento e risco de vício.

    A primeira peneira avalia a saúde: a prática machuca ou causa lesões? Se sim, deve ser descartada. A segunda analisa o consentimento: ambos desejam a prática? Se houver egoísmo ou objetificação, Kariely considera que não é amor e, portanto, não pode ser feita, citando 1 Coríntios 13.

    O terceiro critério envolve risco de vício, como no caso da pornografia ou masturbação recorrente, que, segundo ela, podem reduzir o desejo no relacionamento. “O sexo foi criado para que a satisfação fosse conjugal”, afirma.

    Kariely ressalta que o sexo deve trazer prazer, conexão e paz ao casal, sem comportamentos que não se alinhem aos princípios cristãos, como xingamentos, violência ou linguagem vulgar.

    Ao mesmo tempo, a sexóloga enfatiza que limites não significam restrição total. Mulheres cristãs podem, por exemplo, usar lingeries sensuais ou brinquedos eróticos, desde que respeitem a virtude e os princípios da fé.

    Ela ainda reforça que a sexualidade não é apenas reprodutiva, mas uma ferramenta para aumentar a intimidade e “unir os dois em uma só carne”. Baseando-se em 1 Coríntios 7:5, defende que a intimidade deve ser regular para manter a conexão emocional e hormonal entre o casal.

    Para práticas específicas, Kariely recorre tanto à Bíblia quanto à medicina. O livro Cantares de Salomão, com passagens românticas e eróticas, serve de base para justificar o sexo oral no casal. Já o sexo anal é desaconselhado devido ao risco de lesões e infecções.

    Sobre contracepção, ela adota postura de consciência individual: respeita quem considera pecado, mas entende que o casal pode controlar a natalidade com métodos não abortivos, desde que a decisão seja conjunta e informada.

    Além das redes sociais, Kariely atua em igrejas evangélicas, com palestras e cursos online, que vão desde tratamento da dor na penetração até guias para a “primeira vez” de casais virgens. Seu curso mais famoso, “Cristã e Boa de Cama”, ensina técnicas, posições, massagem e comunicação, sem “perverter princípios cristãos”.

    Kariely acredita que santidade e prazer podem coexistir. “A Bíblia fala que tudo o que Deus criou é bom e Deus nos deu vida, e vida para vivermos em abundância em todas as áreas da nossa vida, inclusive na nossa intimidade”, explica. Ela reforça: “A mulher cristã pode gostar de sexo”.

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