O Ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, declarou que aproximadamente 200 mil integrantes das forças armadas encontram-se em estado de prontidão no território nacional, em um contexto de crescente tensão militar com os Estados Unidos. A manifestação ocorre após Nicolás Maduro sancionar a Lei do Comando para a Defesa Integral da Nação nesta terça-feira (11), durante um período de escalada das ações militares pelo governo de Donald Trump.
“Ninguém disse pausa. Aqui, continua o trabalho de coesão, de preparação do povo, de elevação operacional da Força Armada, do alistamento, do adestramento da milícia bolivariana”, afirmou.
A implementação da norma coincide com a ativação do “Plano Independência 200”, que determinou a mobilização em larga escala de recursos terrestres, aéreos, navais, fluviais e de mísseis; sistemas de armamento; unidades militares; Milícia Bolivariana; Órgãos de Segurança Cidadã e os Comandos para a Defesa Integral.
As medidas de segurança na Venezuela ocorrem em um momento em que os EUA intensificam operações navais com embarcações de guerra estabelecendo uma presença próxima ao país, em águas internacionais do Caribe, sob a alegação de combate ao tráfico de drogas.
A promulgação da legislação também envolve a análise e o preparo do comando de controle para conter eventuais avanços de tropas norte-americanas em diversos ambientes.
Durante a cerimônia de oficialização da lei, Jorge Rodríguez, presidente da Assembleia Nacional do país, afirmou que a nova doutrina militar representava o “sonho” do comandante Hugo Chávez, ex-líder socialista venezuelano.
O comunicado oficial do governo venezuelano ainda alega que os deslocamentos militares ordenados por Donald Trump em direção à Venezuela pressionaram o governo a executar a lei.
“Esta lei surge no contexto da agressão a que todo o povo da Venezuela está sendo submetido pelo império norte-americano, que se recusa a entender que estes são tempos diferentes, não apenas tempos diferentes para o mundo, para a concepção de multipolaridade, mas também tempos diferentes para o povo da Venezuela”, disse.
