O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira (31/10), em São Paulo, que o combate eficaz ao crime organizado exige a asfixia financeira desses grupos. “Você vai na comunidade imaginando que está combatendo o crime organizado, mas o verdadeiro bandido está em outro lugar, em outro país, usufruindo da riqueza acumulada ilicitamente”, disse o ministro. “Não adianta só o chão de fábrica, nós precisamos chegar aos CEOs.”
Haddad ressaltou que o crime organizado deve ser combatido “em todas as camadas” da sociedade. Ele citou a megaoperação no Rio de Janeiro, que resultou em 121 mortes, incluindo quatro policiais, e lamentou a repetição de tais cenas. “Nós temos que operar nos andares superiores do crime organizado.”
As declarações foram dadas no contexto da operação no Rio. O ministro aproveitou para mandar um recado ao governador fluminense, Cláudio Castro (PL), pedindo que ele mobilize a bancada de seu partido na Câmara dos Deputados para apoiar o projeto que endurece as regras contra o devedor contumaz.
Haddad destacou ainda que o contrabando de combustíveis é uma das principais fontes de financiamento do crime organizado no Rio. Ele informou que a Procuradoria-Geral da Fazenda entrou em contato com o órgão fluminense para detalhar as ações da Receita Federal no combate a essa questão.
“Se não asfixiar o financiamento do crime organizado, não vai dar certo. Nós temos que entrar por cima, combatendo e asfixiando o financiamento do crime organizado”, concluiu Haddad.













