A disputa pelo governo de Alagoas em 2026 deve se definir após novos movimentos vindos de Brasília. A decisão do presidente Lula e do vice, Geraldo Alckmin. de repetir da dobradinha na próxima eleição presidencial praticamente sepulta as especulações sobre uma possível vaga de vice destinada a um nome do Nordeste.
Com isso, o ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), consolida seu projeto estadual e o prefeito de Maceió, JHC (PL), vê frustrada a expectativa de deixar a prefeitura de Maceió em abril do próximo ano com a possibilidade de “uma eleição tranquila” para o governo de Alagoas.
Alckmin anunciou na semana passada que não será candidato ao governo de São Paulo e reforçou publicamente a sintonia com Lula, indicando que deve permanecer como vice na chapa de 2026.
O próprio presidente, segundo interlocutores, chegou a admitir a aliados a possibilidade de abrir espaço para um vice do MDB — hipótese que chegou a animar setores políticos no Nordeste —, mas apenas se Alckmin desistisse da reeleição na vice-presidência. Não desistiu. Pelo contrário, Lula e Alckmin atravessam um momento de plena afinidade política e administrativa, o que torna quase certa a repetição da dobradinha.
Essa definição em Brasília desmonta, ao menos por enquanto, que o “plano secreto” atribuído ao grupo de JHC, que apostava em Renan Filho como vice de Lula, tem tudo para ser frustrado. A fonte que sustentava essa tese — de que o vice seria indicado pelos governadores do Nordeste — parece ter se mostrado equivocada.
Com o cenário nacional praticamente resolvido, Renan Filho será candidato ao governo de Alagoas em qualquer circunstância. O ministro tem intensificado agendas no Estado, reforçando alianças e mobilizando a base política que o elegeu duas vezes governador.
JHC, por sua vez, ainda não definiu seus próximos passos. Interlocutores mais próximos sustentam a versão de que ele poderá deixar a prefeitura até o início de abril para disputar o governo. Mas, diante do novo quadro, essa decisão se torna mais delicada. Enfrentar Renan Filho em uma eleição dura significaria abrir mão de quase três anos de mandato e entregar a prefeitura ao vice Rodrigo Cunha.
Há, porém, outra leitura em crescimento no meio político: a de que JHC pode optar por permanecer na prefeitura ou disputar o Senado. Seja como for, a definição de Lula e Alckmin movimenta o tabuleiro político em Alagoas.
O “plano quase perfeito” de JHC perdeu uma peça fundamental, e o prefeito de Maceió terá de decidir em breve se encara uma disputa direta com Renan Filho ou se aguarda uma nova oportunidade no futuro.
Fonte: Blog de Edivaldo Júnior








 
			 
			




