O prefeito de Maceió, JHC (PL), tem se dedicado à gestão municipal, mas com os olhos voltados para um projeto maior: o governo de Alagoas. Nos bastidores, aliados próximos falam de um “plano secreto, praticamente perfeito”, que pode abrir caminho para essa disputa em 2026.
A estratégia de JHC combina duas frentes. De um lado, ele avança em obras e projetos estruturantes, como a licitação do novo Mercado Público, a conclusão da revitalização do Salgadinho e a aprovação de novos financiamentos para investimentos em infraestrutura. A meta é fechar o mandato com entregas robustas, fortalecendo sua imagem administrativa.
De outro, o prefeito se movimenta politicamente. O cálculo de seu grupo é simples: JHC aposta que o atual ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), não será candidato a governador, e sim a vice-presidente na chapa de Lula. A informação, segundo interlocutores do prefeito, viria de fontes seguras em Brasília.
A lógica é que os governadores do Nordeste devem indicar o vice de Lula, e Renan Filho, bem avaliado em Brasília e no meio político, seria o nome natural. Com Renan fora do páreo estadual, JHC teria o caminho livre para disputar o governo, entregando a prefeitura ao aliado Rodrigo Cunha e enfrentando uma eleição mais tranquila.
O plano ainda inclui um detalhe político: JHC cogitaria ter como vice o senador Fernando Farias, que tem bom trânsito entre os grupos de Renan Filho, Paulo Dantas e do próprio João Henrique Caldas. A composição agradaria aliados e abriria espaço no Senado para o grupo governista — uma jogada que, no tabuleiro político, teria múltiplos efeitos positivos.
O problema é que Renan Filho segue ativo em Alagoas. Tem dito que seu projeto nacional é para 2030 e que, agora, pretende voltar ao governo do Estado. JHC, por sua vez, observa. Vai tocar a gestão, entregar obras e esperar até março para decidir se o plano secreto será, de fato, colocado em prática.
Até lá o prefeito vai montar a chapa de federal e decidir entre ficar na prefeitura ou quem sabe sair e disputar contra o bem avaliado Renan Filho. Mas essa é outra história.
Fonte: Blog de Edivaldo Júnior













