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    Senae Takaichi se torna primeira mulher a liderar o Japão

    2025-10-21T08:40:05-03:000000000531202510

    Pela primeira vez na história do Japão, uma mulher foi eleita primeira-ministra. Sanae Takaichi, líder do Partido Liberal Democrata (PLD), foi escolhida pelo Parlamento nesta terça-feira (21), marcando um momento histórico para um país ainda profundamente marcado pelo patriarcado em sua estrutura política e social.

    A votação aconteceu na Câmara Baixa, onde Takaichi recebeu 237 votos — número suficiente para garantir a maioria dos 465 assentos e assegurar sua posse como a 104ª primeira-ministra do Japão, segundo dados oficiais da Câmara dos Deputados.

    Sua eleição representa uma ruptura significativa em uma cultura política tradicionalmente dominada por homens mais velhos. Também sinaliza uma guinada à direita no cenário político japonês, já que a vitória de Takaichi veio após um acordo de coalizão entre o PLD e o Partido da Inovação do Japão (Ishin), uma sigla de orientação conservadora.

    Takaichi assume o cargo em substituição a Shigeru Ishiba, que renunciou no mês passado após as derrotas do PLD nas últimas eleições parlamentares. A mudança ocorre em um momento delicado para o país, que enfrenta sérios desafios econômicos, além de um cenário político fragmentado e polarizado.

    Sua ascensão ao poder também antecede um importante compromisso internacional: a visita do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Japão. A eleição de Takaichi — que derrotou candidatos moderados para liderar o PLD — reforça o reposicionamento ideológico do partido, que tenta se recuperar de escândalos e perdas eleitorais recentes para partidos de extrema-direita.

    Desafios da nova premiê

    Um dos primeiros grandes desafios da nova primeira-ministra será lidar com o aumento expressivo no custo de vida. O preço do arroz — alimento básico no Japão — praticamente dobrou em relação ao ano passado, tornando-se símbolo da pressão inflacionária que atinge as famílias japonesas.

    Além disso, o país continua enfrentando problemas estruturais graves, como o declínio da taxa de natalidade e a consequente redução da força de trabalho. Com uma população cada vez mais envelhecida, o sistema previdenciário e de saúde pública se vê cada vez mais sobrecarregado.

    Outra questão delicada será a pressão popular contra a imigração em massa. Apesar de o Japão precisar de trabalhadores estrangeiros para compensar a escassez de mão de obra, cresce a resistência de parte da população, exigindo habilidade política para equilibrar interesses econômicos e sociais.

    O cenário internacional também traz complicações. A recente postura protecionista do governo Trump, com a imposição de tarifas sobre produtos asiáticos, abalou as cadeias de suprimento e prejudicou economias da região, incluindo a japonesa.

    Recuperar a credibilidade do Partido Liberal Democrata será igualmente essencial. O escândalo de fundos secretos que marcou o governo de Shigeru Ishiba deixou o partido fragilizado e sem maioria no Parlamento, exigindo da nova líder esforço para restaurar a confiança da população e reconstruir a base política da legenda.

    Questões internas do partido de Takaichi

    Embora sua eleição como líder do partido governista já garantisse a posição de primeira-ministra, Sanae Takaichi enfrentou um caminho político turbulento até assumir o cargo. A vitória na disputa interna causou uma ruptura inesperada: o Partido Liberal Democrata (PLD) perdeu sua aliança histórica com o Komeito, encerrando uma parceria de 26 anos.

    Sem o apoio da antiga coligação, o PLD teve de agir rapidamente para formar uma nova base de sustentação no Parlamento. A solução veio com uma aliança estratégica com o Nippon Ishin, partido de oposição de direita, também conhecido como Partido da Inovação do Japão.

    Essa nova parceria foi facilitada por valores ideológicos em comum, como o endurecimento das políticas de imigração e o compromisso de reduzir em 10% o número de parlamentares — uma promessa-chave para viabilizar o acordo.

    Além disso, o Nippon Ishin tem ambições regionais claras: transformar Osaka, sua cidade de origem e principal reduto eleitoral, em uma segunda capital do país, fortalecendo seu peso político nacional.

    Apesar da esperança de que Takaichi seja o rosto da renovação, o desafio é grande. O partido que ela lidera amarga um histórico recente de instabilidade, com quatro primeiros-ministros em apenas cinco anos. Para manter-se no poder, será essencial entregar resultados concretos em um curto espaço de tempo.

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