O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesse domingo (19) o fim dos subsídios destinados à Colômbia e fez duras críticas ao presidente colombiano, Gustavo Petro, a quem chamou de “líder do tráfico ilegal de drogas”. A declaração foi feita em uma publicação no Truth Social e intensifica a tensão diplomática entre os dois países.
Trump reagiu após Petro acusar os Estados Unidos de cometerem “assassinato” durante um ataque militar a um barco em águas colombianas no mês passado. “Gustavo Petro incentiva fortemente a produção em massa de drogas por toda a Colômbia e não faz nada para impedi-la, apesar dos pagamentos e subsídios em larga escala dos EUA, que são um roubo a longo prazo da América”, afirmou o líder norte-americano. Ele ainda advertiu que os repasses “ou qualquer outra forma de subsídio” ao país sul-americano estão encerrados.
Em tom ameaçador, Trump disse que Petro deve “fechar os campos de extermínio imediatamente” ou os Estados Unidos “o farão por ele, e isso não será feito de forma agradável”. Pouco depois, o secretário de Guerra do governo Trump, Pete Hegseth, confirmou que forças norte-americanas atacaram outra embarcação próxima à costa da Venezuela, resultando na morte de três pessoas, supostamente ligadas ao Exército de Libertação Nacional (ELN), considerado grupo terrorista pelos EUA.
Segundo Hegseth, o país trata o narcotráfico regional como uma ameaça à segurança nacional. “Esses cartéis são a Al-Qaeda do Hemisfério Ocidental e serão caçados e mortos como terroristas”, afirmou. Desde agosto, os Estados Unidos mantêm navios de guerra e um submarino com mais de 4 mil fuzileiros navais próximos à costa venezuelana, como parte de uma operação autorizada por Trump para combater o que chama de “narcoterrorismo” fora do território americano.