A CPMI do INSS recebeu dezenas de relatórios da Receita Federal detalhando as movimentações financeiras dos investigados no escândalo da “Farra do INSS”. Os documentos apontam uma predileção por itens de luxo, com notas fiscais que somam R$ 96 milhões entre agosto de 2019 e maio deste ano.
Os arquivos revelam a compra de pelo menos 23 automóveis, que totalizam R$ 8,1 milhões. Além disso, há registros de R$ 1 milhão em joias e pelo menos 25 iPhones da Apple.
O valor de R$ 96 milhões representa apenas uma fração do total movimentado no esquema, visto que a Advocacia-Geral da União (AGU) já bloqueou R$ 2,8 bilhões em bens e recursos dos envolvidos.
O carro mais caro identificado é um Porsche 911 Carrera GTS Cabriolet, adquirido por R$ 1,26 milhão pela empresa Brasília Consultoria Empresarial S/A, que pertence a Antonio Carlos Camilo Antunes, o Careca do INSS.
Careca também comprou em nome próprio dois outros Porsches: um Cayenne S Coupé, de R$ 950 mil, e um Panamera 4S E-Hybrid, de R$ 830 mil. A lista de luxo inclui um Ford Mustang Mach-E GT, de R$ 451 mil, e um Range Rover Evoque R-Dynamic, comprado por outra empresa ligada a Careca por R$ 315 mil.
