O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e representantes internacionais assinaram, nesta segunda-feira (13), um acordo de cessar-fogo em Gaza, que põe fim às hostilidades entre Israel e o grupo Hamas. A cerimônia teve lugar em Sharm el-Sheikh, no Egito.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e representantes do Hamas não participaram da assinatura; Netanyahu havia anunciado presença pela manhã, mas cancelou alegando conflito de agenda com uma festividade judaica.
Durante o evento, Trump qualificou o momento como o início de “uma era de fé e paz” e ressaltou o papel das negociações na libertação de prisioneiros e reféns. Em discurso no Knesset, em Jerusalém, pela manhã, o presidente norte-americano já havia afirmado o compromisso com a estabilidade regional.
A cerimônia reuniu chefes de Estado e governo de diversos países, entre eles o presidente turco, Recep Tayyip Erdoğan; o rei Abdullah II, da Jordânia; o emir do Catar, Sheikh Tamim bin Hamad Al Thani; o rei Hamad bin Isa Al Khalifa, do Bahrein; o presidente da Palestina, Mahmoud Abbas; o presidente da Indonésia, Prabowo Subianto; o presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev; o presidente da França, Emmanuel Macron; e o líder da administração greco-cipriota do sul do Chipre, Nikos Christodoulides.
O acordo prevê, em sua primeira fase, a libertação de reféns detidos pelo Hamas e a soltura de prisioneiros palestinos por Israel. Segundo as autoridades, o cessar-fogo foi anunciado na quinta-feira (9) e entrou em vigor na sexta-feira (10); na madrugada desta segunda-feira (13) o Hamas liberou 20 reféns, e Israel iniciou a soltura de cerca de 2 mil detidos como parte do cronograma inicial do pacto.
Autoridades afirmaram que, concluída a primeira etapa prevista, outras medidas do plano de paz serão negociadas e implementadas.