O plenário da Câmara dos Deputados viveu dois momentos opostos nesta semana. Na quinta-feira (9), parlamentares comemoraram a derrubada da taxação sobre bancos, bilionários e casas de apostas. Já no dia seguinte, o cenário era de esvaziamento: poucos deputados compareceram à sessão que discutia projetos voltados à educação e à valorização dos professores.
A ausência foi criticada pelo deputado Rafael Brito (MDB-AL), presidente da Frente Parlamentar Mista da Educação, que reúne mais de 200 parlamentares. Em discurso, “Tio Rafa” condenou a diferença de engajamento entre temas financeiros e educacionais, pedindo coerência e compromisso com o futuro do país. Ele também fez um apelo para que, no próximo dia 15 de outubro, Dia do Professor, a Câmara se mobilize em defesa da educação.
Brito destacou ainda os avanços obtidos em 2024, como o Sistema Nacional da Educação e o novo Plano Nacional de Educação, e anunciou que articulou com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a inclusão de 16 projetos do setor na pauta da próxima semana. As propostas tratam de valorização docente, financiamento da educação básica e fortalecimento das políticas públicas de ensino.
Nas redes sociais, o parlamentar reforçou o apelo por sensibilidade e prioridades corretas, afirmando que “defender o professor é defender o país”. O discurso repercutiu entre educadores e entidades do setor, que reconhecem em Rafael Brito um dos principais articuladores da pauta educacional no Congresso. Enquanto isso, a postura dos deputados alagoanos Alfredo Gaspar, Delegado Fábio Costa e Marx Beltrão — contrários à taxação das bets e dos bancos — ilustrou o contraste denunciado por Brito.
Fonte – Jornal de Alagoas