Os ministros do Turismo, Celso Sabino (União Brasil), e do Esporte, André Fufuca (Progressistas), ao anunciarem que permaneceriam no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), enfrentam resistência de seus próprios partidos, que os afastaram.
Sabino teve reação imediata da direção do União Brasil após confirmar sua continuidade no ministério nesta quarta-feira (8). Ele declarou que mantém a confiança do presidente Lula e quer seguir com os projetos no Turismo, contando com o apoio de parte da bancada. No entanto, o partido entende que ele cometeu infidelidade partidária ao insistir em permanecer no governo, conforme decidido em reunião da executiva nacional realizada em Brasília. Duas representações foram acolhidas contra Sabino, o que pode resultar na sua expulsão da sigla.
O governador de Goiás e membro do União Brasil, Ronaldo Caiado, criticou duramente a atitude do ministro, questionando como ele poderia continuar no governo enquanto seu partido faz oposição firme. Caiado disse que não é aceitável que interesses pessoais fiquem acima das normas partidárias. Ele ainda acrescentou que a executiva já tomou providências, estabelecendo prazos para intervenção, suspensão das atividades partidárias e, possivelmente, expulsão.
No início de setembro, o União Brasil e o Progressistas anunciaram que deixariam o governo Lula. Desde então, Sabino e Fufuca buscavam tempo para decidir entre sair do governo ou contrariar seus partidos, mesmo correndo risco de expulsão.
Embora o União Brasil tenha realizado uma reunião para decidir o futuro de Sabino, ainda não houve uma expulsão oficial. Por sua vez, o Progressistas comunicou que, devido à decisão de Fufuca de permanecer no Ministério do Esporte, ele foi afastado das decisões do partido e perdeu a vice-presidência nacional da legenda.