O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) chamou de “golaço” a escolha do secretário de Estado, Marco Rubio, para dar sequência às negociações entre os presidentes Lula e Donald Trump. A conversa diplomática ocorreu na manhã desta segunda-feira (6).
Rubio foi designado pelo presidente americano para continuar as conversas com a equipe brasileira, representada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, o chanceler Mauro Vieira e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Em uma publicação no X (antigo Twitter), Eduardo Bolsonaro afirmou que o chefe da diplomacia americana, que é filho de imigrantes cubanos, “conhece bem a América Latina” e sabe “como funciona os regimes totalitários de esquerda na região”. Em tom de crítica ao STF, o parlamentar disse que Rubio “sabe como o Judiciário foi instrumentalizado como ferramenta de perseguição política”, classificando o Brasil como um “regime de exceção“.
Eduardo Bolsonaro está desde o início do ano nos EUA, buscando sensibilizar o governo Trump para a aplicação de medidas contra o ministro do STF Alexandre de Moraes, relator do processo que condenou seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, por golpe de Estado.
Tarifas e Sanções em Discussão
Nesta primeira conversa oficial, o presidente Lula pediu a Trump a retirada da sobretaxa de 40% aplicada a produtos brasileiros, bem como das medidas restritivas a autoridades brasileiras.
O Palácio do Planalto comunicou que os líderes conversaram por 30 minutos em “tom amistoso” e combinaram de se encontrar pessoalmente “em breve”. Lula se dispôs a viajar aos EUA e convidou Trump para a COP30, em Belém (PA), em novembro.
O Brasil é um dos três países do G20 com quem os EUA mantêm superávit na balança de bens e serviços. Em agosto, os EUA aplicaram tarifa de 50% a alguns produtos brasileiros e impuseram sanções individuais a familiares de ministros do STF, especialmente contra Moraes, enquadrado na Lei Magnitsky.