O vice-governador Luciano Barbosa, que tinha até o dia 14 para apresentar sua defesa no processo de expulsão proposto pelo Diretório Regional do MDB, adiantou seus argumentos, na última segunda-feira, 5, através de carta direcionada ao senador Renan Calheiros.
No documento, Luciano apresenta sua “renúncia de forma irretratável ao cargo de vice-presidente do Diretório Estadual” do partido e avisa que vai lutar “até o fim pelo livre direito de o povo arapiraquense escolher o seu candidato” no pleito municipal de 2020.
Barbosa diz que que chega a soar “desonesto” os integrantes do partido não admitirem que a pré-candidatura dele era pública e amplamente conhecida do grupo político. A carta foi entregue ao Diretório Estadual, em Maceió.
O vice-governador também questiona a intervenção da família Calheiros nas eleições de Arapiraca e faz um desabafo sobre nunca ter visto tamanha perseguição, nem mesmo aos filiados que foram condenados por corrupção.
Na carta, que o EXTRA teve acesso através da assessoria, Barbosa fala que foi vítima de “atos de força ilegalmente praticados” e foi exposto publicamente, assim como centenas de filiados, como exemplo aos aliados que “porventura divirjam da cúpula”.
O vice-governador foi enfático ao afirmar que deus os passos necessários [à candidatura], pedindo no prazo legal a exoneração do cargo de secretário da Educação, que “foi atendido pelo Governador Renan filho, sem resistência ou sinal de que haveria a tentativa de me negar a legenda à qual se dedicou há quase trinta anos”.
O vice-governador classificou a atual quadra política implantada no MDB como de “ações excêntricas” e diz que não compreende tamanha agressão.
Fonte – Extra
