O relator da CPMI do INSS, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), apresentou e teve aprovado pelo colegiado pedido de prisão preventiva de Carlos Roberto Ferreira Lopes, presidente da Conafer. O requerimento é fundamentado em indícios robustos de lavagem de dinheiro e organização criminosa, detectados em relatórios de inteligência financeira enviados pelo Coaf à comissão, e será encaminhado ao Supremo Tribunal Federal para análise.
Em seu pedido, Alfredo Gaspar destaca que Carlos Roberto não conseguiu comprovar a origem lícita de movimentações milionárias em depoimento à CPMI no último dia 29, incluindo transferências pulverizadas superiores a R$ 140 milhões a pessoas físicas e jurídicas ligadas ao seu assessor de confiança, Cícero Marcelino. O relator ressaltou ainda o risco de fuga e a possibilidade de continuidade da prática criminosa, que envolve o desvio de recursos de aposentados e pensionistas do INSS, estimados em mais de R$ 800 milhões.
“Os indícios de autoria são suficientes e a prova de materialidade robusta. No tocante aos fundamentos, o perigo de fuga do investigado Carlos Roberto é patente, consubstanciando a aplicação da Lei Penal. No tocante à garantia da ordem pública, o investigado demonstra a possibilidade de manutenção da prática delitiva, promovendo a associação de aposentados mediante pagamento de comissão a agentes de captação, segundo informações trazidas no depoimento do investigado perante à CPMI. Com base nisso, apresentei o pedido de prisão preventiva, que foi aprovado pelo colegiado da CPMI”, afirmou o deputado Alfredo Gaspar.