A variante XFG da COVID-19 foi confirmada no Ceará, com sete casos registrados, e está sob monitoramento da Organização Mundial da Saúde (OMS). A mutação já foi identificada em pelo menos 38 países, sendo acompanhada pela OMS desde 25 de junho com relatórios de avaliação de risco.
Apesar da disseminação internacional, a OMS classifica o impacto da variante XFG como de baixo risco global. As vacinas atualmente disponíveis continuam sendo a principal forma de proteção e se mostram eficazes contra casos sintomáticos e graves.
A XFG chama a atenção por apresentar rouquidão como sintoma inicial, o que pode facilmente confundi-la com uma gripe comum. Embora outros sinais típicos da COVID-19, como perda de olfato/paladar, falta de apetite e dificuldade para respirar, também possam surgir, especialistas alertam que a rouquidão, quando associada a outros sintomas gripais, pode indicar infecção pela nova cepa.
Primeira Morte no Piauí e Alerta da Vigilância
No Piauí, a variante XFG já provocou a primeira morte confirmada, registrada no município de Oeiras. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), a cepa se disseminou rapidamente no estado, sendo identificada em metade das amostras analisadas: das 42 coletas submetidas a exames, 21 confirmaram a presença da XFG.
Marylane Oliveira, gerente de Vigilância em Saúde da Sesapi, detalhou que os principais sintomas relatados incluem rouquidão, tosse, dor de garganta e cansaço. Ela alertou a população a ficar atenta, especialmente durante o tempo seco, que favorece problemas respiratórios.
Diagnóstico e Tratamento
As Unidades Básicas de Saúde (UBS) e as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) oferecem testes rápidos gratuitos, que são mais precisos quando realizados até 72 horas após o início dos sintomas. As amostras coletadas são enviadas ao Laboratório Central (Lacem) e, posteriormente, à Fiocruz, que consolida os dados para o monitoramento nacional.
O tratamento para a variante XFG segue o mesmo protocolo de outras cepas da COVID-19: hidratação, repouso e acompanhamento médico para pessoas com comorbidades ou sintomas mais severos. Especialistas reforçam a importância de manter a vacinação em dia e de observar sinais gripais persistentes para a proteção individual e coletiva.
*com informações da Secretaria de Saúde do Ceará e Piauí