O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, solicitou à Polícia Federal (PF), no último dia 9, a abertura de investigação sobre “centenas de ameaças de morte” recebidas pelas redes sociais após seu voto no julgamento de Jair Bolsonaro. Para o magistrado, as mensagens ultrapassaram os limites da crítica política e podem apontar para uma ação articulada.
Dias antes, no início de setembro, Dino já havia acionado a PF após ser hostilizado por uma passageira em um voo de São Luís (MA) para Brasília. A mulher afirmou que “o avião estava contaminado” e que “não respeitava esse tipo de gente”. Ela foi indiciada pela Polícia Federal por injúria qualificada e incitação ao crime e, caso seja condenada, pode pegar até três anos e meio de prisão.
Esses episódios reforçam a postura do ministro de recorrer à Justiça contra ataques e ofensas. Nos últimos anos, Flávio Dino tem movido processos por crimes contra a honra — como calúnia, difamação e injúria —, além de pedir indenizações elevadas. Essa ofensiva judicial, que já era conhecida, se intensificou após ele assumir o Ministério da Justiça e Segurança Pública em 2023, durante o governo Lula.