Diante do ultimato do União Brasil, o ministro do Turismo, Celso Sabino, estuda a possibilidade de pedir licença do partido como alternativa para seguir no governo Lula. A estratégia seria uma forma de evitar o rompimento direto com a sigla, que determinou a desfiliação de membros que ocupam cargos no Executivo federal.
A direção nacional do União Brasil decidiu, na última quinta-feira (18/9), antecipar a saída da base governista e deu 24 horas para que seus filiados deixem os cargos no governo, sob pena de expulsão. A medida gerou uma corrida interna entre ministros do partido para buscar alternativas de permanência.
Sabino, por sua vez, tenta ganhar tempo ao propor uma licença partidária, pelo menos até a realização da COP30, marcada para novembro em Belém (PA), seu reduto eleitoral. A conferência da ONU sobre o clima é considerada estratégica, tanto politicamente quanto para a imagem do Brasil no exterior.
O futuro do ministro será discutido em uma reunião agendada com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta sexta-feira (18/9), no Palácio do Planalto. O encontro deverá ser decisivo para os próximos passos de Sabino.
De acordo com fontes do Planalto, Lula tem uma visão positiva sobre a atuação do ministro no comando do Turismo. Ainda assim, o presidente optou por deixar a decisão final nas mãos de Sabino, respeitando sua autonomia política e partidária.