.Apesar das críticas que recebeu por se tornar delator, a colaboração do tenente-coronel Mauro Cid com a Justiça lhe garantiu a menor pena entre os réus do núcleo 1 da ação por tentativa de golpe de Estado. A sentença foi definida por ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (11/9).
Ficou definido que o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) cumprirá pena de dois anos de reclusão, mas em regime aberto. Isso significa que o militar será liberado a viver fora de um centro de detenção durante o dia, para trabalhar ou estudar, mas, a depender das condições impostas – ainda não definidas -, deverá se apresentar a um local de recolhimento durante a noite ou ficar em prisão domiciliar.
A defesa de Cid havia solicitado que o acordo de delação do tenente-coronel incluísse o perdão judicial. Apesar disso, o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, argumentou que “não cabe anistia aos crimes contra a democracia”, como os praticados pelo militar.
A Primeira Turma do STF condenou Cid e outros sete réus por todos os crimes aos quais eram acusados. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), apontado como o líder da organização criminosa que tentou um golpe de Estado em 2022, foi condenado a 27 anos e três meses de prisão.
Fonte: Metrópoles