Uma comitiva da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) chega a Alagoas nesta quinta-feira (11) para discutir o avanço dos casos e mortes por meningite no estado. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), entre 1° de janeiro e 1° de setembro de 2025 foram confirmados 14 casos de doença meningocócica e 6 óbitos.
As reuniões acontecem nesta quinta (11) e sexta-feira (12) com gestores municipais de saúde. Segundo Rodrigo Buarque, presidente do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde de Alagoas (Cosems/AL), o objetivo é “entender o motivo de o estado apresentar dados preocupantes e conhecer as estratégias desenvolvidas para conter a curva de crescimento de casos e óbitos”.
Vacinação e desafios
O Programa Nacional de Imunização (PNI) disponibiliza nos postos de saúde dos 102 municípios alagoanos a vacina meningocócica ACWY, que protege contra quatro tipos da bactéria causadora da doença.
Entretanto, a vacina contra a meningite tipo B, responsável por todos os óbitos registrados este ano no estado, não faz parte do calendário do SUS no Brasil e só está disponível na rede privada.
“A respectiva vacina está sendo analisada pela Conitec (Comissão Nacional para a Incorporação de Novas Tecnologias ao SUS), e a incorporação depende da avaliação de efetividade e sustentabilidade financeira para toda a população”, explicou Rodrigo Buarque.
Mortes recentes
Entre as vítimas, está Anna Vitória Queiroz, de apenas dois anos, que morreu em agosto após dar entrada na UPA do bairro Jaraguá, em Maceió, com manchas no rosto e pescoço. No mesmo mês, a Sesau confirmou o óbito de um bebê de oito meses na capital.
Em 2024, Alagoas registrou 22 casos de meningite, com oito mortes, sendo cinco em Maceió e os demais em Jequiá da Praia, Flexeiras e Satuba.
Quem participa da comitiva
A equipe da Força Nacional do SUS inclui o diretor do Departamento Nacional de Imunização, Eder Gatti, a técnica do Conasems, Kandice Falcão, além de representantes da Secretaria de Atenção Especializada à Saúde (Saes), da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps), do Ministério da Saúde e da própria Sesau. Gestores municipais também participarão dos encontros.