A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) retoma, às 14h desta quinta-feira (11), o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros sete réus acusados de envolvimento em uma suposta trama golpista para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O voto da ministra Cármen Lúcia abrirá a sessão e pode ser decisivo para a definição do caso.
O placar está em 2 a 1 pela condenação. Já votaram os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino, que se posicionaram pela condenação de todos os acusados. Na contramão, o ministro Luiz Fux absolveu a maior parte dos réus, inclusive Bolsonaro.
Expectativa de confronto
A tendência é que Cármen Lúcia apresente um voto alinhado ao de Moraes e Dino, formando maioria simples pela condenação. Nos bastidores do STF, há a expectativa de que a ministra rebata pontos da manifestação de Fux, que durou mais de 12 horas e não permitiu apartes de colegas.
Durante a sessão dessa quarta (10/9), Cármen fez diversas anotações, em papel e no computador, enquanto acompanhava a fala de Fux. Em alguns momentos, chegou a trocar impressões com Moraes, que se senta ao seu lado.
Histórico da ministra
Em março deste ano, quando a Corte analisou a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), Cármen votou pelo recebimento da acusação contra Bolsonaro e os demais investigados, entendendo que havia indícios de tentativa de golpe de Estado.
Após o voto da ministra nesta quinta, será a vez do presidente da Primeira Turma, Cristiano Zanin, encerrar a rodada de manifestações.