O primeiro-ministro do Nepal, K.P. Sharma Oli, anunciou sua renúncia nessa terça-feira (9), após dois dias marcados por intensos protestos no país. A onda de manifestações, liderada principalmente por jovens, teve como motivação principal denúncias de corrupção no governo e a recente decisão de bloquear o acesso às redes sociais.
Durante os confrontos entre manifestantes e as forças de segurança, 19 pessoas morreram e mais de 300 ficaram feridas, segundo informações da agência EFE. A situação agravou-se a ponto de a residência particular de Oli, localizada na cidade de Balkot, ser incendiada por parte dos manifestantes.
Em carta oficial, o agora ex-primeiro-ministro justificou sua saída do cargo. Ele declarou: “Renunciei ao cargo de primeiro-ministro com efeito a partir de hoje (…), a fim de adotar novas medidas em direção a uma solução política e à resolução dos problemas de acordo com a Constituição, levando em conta a situação extraordinária que atualmente prevalece no país”.
A renúncia de Oli representa um novo capítulo na crise política do Nepal, que vem enfrentando crescente insatisfação popular e instabilidade institucional nos últimos meses.