A infiltração do cr1me organizado na política brasileira é uma realidade cada vez mais presente e preocupante. Facções criminosas, como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV), têm buscado eleger prefeitos, vereadores e deputados para garantir seus interesses, lavar dinheiro do tráf1co e obter informações privilegiadas.
Nos últimos anos, diversas operações policiais têm revelado a perigosa ligação entre políticos e facções, levando à prisão de agentes públicos em vários estados do país.
A estratégia das facções criminosas é controlar o poder local para facilitar suas atividades ilícitas. Ao eleger prefeitos e vereadores, as facções conseguem acesso a contratos públicos, que são utilizados para lavar dinheiro do tráf1co de dr0gas e de outros cr1mes.
Além disso, os políticos cooptados pelo cr1me organizado fornecem informações privilegiadas sobre operações policiais e atuam como braço político das facções, defendendo seus interesses nas câmaras municipais e assembleias legislativas.
Um levantamento do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) revelou que, nas eleições de 2024, 12 pessoas com ligações com o crime organizado foram eleitas no estado, sendo 10 vereadores e dois prefeitos. No Ceará, a situação é ainda mais alarmante. Segundo o Ministério Público, o PCC e o CV controlam cerca de 80 prefeituras no estado.
Fonte: Metrópoles