Capital alagoana apresenta índice quase três vezes acima do limite considerado excelente pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional
A capital alagoana é a cidade brasileira que mais desperdiça água em sua rede de abastecimento, segundo o Ranking do Saneamento 2025. O levantamento aponta que 71,73% da água produzida não chega às residências da cidade, número quase três vezes superior ao limite de 25% definido como “excelente” pela Portaria do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR).
Em contraponto, a cidade de Suzano (SP) registra apenas 0,88% de perdas, ocupando a posição mais eficiente do país. Entre as 100 maiores cidades brasileiras, a média geral de perdas subiu de 35,04% em 2022 para 45,43% em 2023, superando também a média nacional registrada pelo Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico (SNIS), de 40,3%.
Impactos do desperdício
As perdas de água incluem vazamentos na rede, falhas de medição e consumo irregular, gerando impactos ambientais significativos, aumento nos custos de produção e redução na receita das companhias de saneamento, afetando diretamente os consumidores.
Em Maceió, a distribuição de água encanada é gerida pela BRK Ambiental, em parceria com a Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal). Enquanto a Casal é responsável pela produção, as empresas Sanama e Sanema atuam em etapas específicas do processo, conforme contratos preexistentes.
No ranking nacional, 32 cidades registraram perdas abaixo de 30%, enquanto 26 superaram 45%. Especialistas alertam que reduzir o desperdício é essencial para ampliar o acesso à água potável sem pressionar os mananciais, sobretudo diante de mudanças climáticas e da escassez crescente de recursos hídricos.
A situação coloca Maceió sob pressão para implementar medidas de redução de perdas e modernização da rede de abastecimento, buscando eficiência e sustentabilidade no uso da água.

