A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil intensificou nesta quinta-feira (7/8) as críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e emitiu um novo alerta a seus aliados dentro e fora da Corte. Em uma publicação feita em português na rede social X (antigo Twitter), a embaixada traduziu e repercutiu uma mensagem de Darren Beattie, subsecretário de Diplomacia Pública do Departamento de Estado norte-americano.
Na postagem, Beattie classifica Moraes como o “principal arquiteto da censura e perseguição contra Bolsonaro e seus apoiadores”, e o acusa de “flagrantes violações de direitos humanos”. A publicação afirma que essas supostas violações resultaram em sanções contra o ministro com base na chamada Lei Magnitsky, legislação dos EUA que permite penalidades a indivíduos acusados de corrupção ou abusos de direitos humanos.
“Aos aliados de Moraes no Judiciário e em outras esferas: estão avisados para não apoiar nem facilitar sua conduta. Estamos monitorando a situação de perto”, reforça o texto compartilhado pela embaixada.
Segundo o comunicado, Alexandre de Moraes teria sido sancionado com o congelamento de bens e contas bancárias sob jurisdição norte-americana, além de estar proibido de entrar nos Estados Unidos. A punição, segundo a embaixada, está relacionada às decisões judiciais que resultaram em restrições ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), incluindo a prisão domiciliar decretada por Moraes na semana passada.
A mensagem representa uma escalada no tom adotado por representantes do governo norte-americano e sinaliza um posicionamento mais explícito de Washington sobre a situação política e jurídica brasileira, especialmente no que se refere às ações do STF contra aliados do ex-presidente.
O Supremo Tribunal Federal ainda não se manifestou oficialmente sobre as declarações da embaixada até o momento.

