A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) anunciou, na última sexta-feira (25), o acionamento da Bandeira Vermelha, patamar 2 para o mês de agosto. A decisão impacta diretamente o bolso dos consumidores: haverá um acréscimo de R$ 7,87 na conta de luz para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
A principal justificativa da ANEEL é a redução na afluência de rios e reservatórios, que está abaixo da média histórica para o período. Essa escassez hídrica compromete a geração de energia por hidrelétricas, principal fonte de energia no país, e força a utilização de usinas termelétricas, que têm custo mais elevado de produção.
A agência também destacou que o cenário reforça a necessidade de uso consciente da energia.
“A economia de energia contribui para a preservação dos recursos naturais e para a sustentabilidade do setor elétrico como um todo”, orienta a ANEEL.
Entenda o sistema de bandeiras tarifárias
Criado em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias busca oferecer mais transparência ao consumidor, sinalizando mensalmente se o custo de geração de energia está alto ou baixo, e, consequentemente, se haverá ou não cobrança adicional na conta de luz.
Antes do modelo, os reajustes decorrentes de mudanças no custo de produção só eram repassados no reajuste anual das tarifas.
As bandeiras funcionam como um “semáforo” da energia:
Bandeira verde: condições favoráveis de geração, sem acréscimo na tarifa;
Bandeira amarela: condições menos favoráveis, com acréscimo de R$ 1,88 a cada 100 kWh;
Bandeira vermelha, patamar 1: geração mais custosa, com acréscimo de R$ 4,46 a cada 100 kWh;
Bandeira vermelha, patamar 2: geração ainda mais cara, com acréscimo de R$ 7,87 a cada 100 kWh.
Para o mês de agosto, a bandeira mais cara do sistema já está confirmada, exigindo atenção redobrada ao consumo residencial e empresarial.