Ainda segundo António Guterres, os dois Estados, Israel e Palestina, devem ser “independentes, soberanos, reconhecidos por todos”
O chefe da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, defendeu, nesta segunda-feira (28/7), a solução viável de dois Estados para o fim dos conflitos entre a Faixa de Gaza e Israel. Segundo Guterres, durante uma conferência sobre o conflito entre Palestina e Israel, a solução de dois Estados independentes é a única estrutura enraizada no direito internacional.
“A solução de dois Estados continua sendo a única estrutura, baseada no direito internacional, apoiada pela Assembleia e pela comunidade internacional”, discursou Guterres.
Fome em Gaza
- Notícias sobre a fome em Gaza têm aumentando nos últimos dias, elevando a pressão internacional para que se libere ajuda humanitária para a região.
- O Ministério da Saúde da Palestina afirma que mais de 100 palestinos morreram de fome desde o início da guerra em Gaza, em outubro de 2023.
- A desnutrição atingiu níveis alarmantes na Faixa de Gaza. A Agência das Nações Unidas (ONU) alerta que a entrada de ajuda humanitária no território segue extremamente limitada.
Ainda segundo Guterres, os dois Estados devem ser “independentes, soberanos, reconhecidos por todos e totalmente integrados na comunidade internacional”.
“Este é o único caminho viável para uma paz duradoura entre israelenses e palestinos”, alegou Guterres.
Palestina como Estado
Na última semana, o presidente Emmanuel Macron anunciou que a França reconhecerá a Palestina como Estado. A previsão é de que a decisão seja formalizada na próxima Assembleia Geral da ONU, em setembro.
Até o momento, 147 dos 193 países que compõem a ONU reconhecem a Palestina. A solução de dois Estados, contudo, é rejeitada pelos governos de Israel e dos EUA.
Para o chefe da ONU, é necessária vontade política, e a solução de dois Estados está “mais distante do que nunca”.
