Leandro de Thallis Pinheiro, suspeito de envolvimento na morte do empresário Adalberto Júnior, não foi trabalhar no dia seguinte ao desaparecimento da vítima. Leandro ocupava um cargo de liderança entre os seguranças que atuaram em um evento de motos em Interlagos, zona sul de São Paulo, no dia 30 de maio, última vez que Adalberto foi visto vivo.
O nome de Leandro não consta na lista enviada pela empresa responsável pelo evento com os nomes dos seguranças que trabalharam no autódromo no dia do desaparecimento do empresário. Apesar disso, a Polícia Civil tem certeza que o homem trabalhou no evento.
O suspeito é lutador de jiu-jitsu e foi preso em flagrante por porte ilegal de armas durante o cumprimento de cinco mandados de busca e apreensão nesta sexta-feira (18/7). Leandro foi solto após pagar R$ 1.800 de fiança.
Além dele, outras três pessoas foram conduzidas ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Segundo a polícia, se tratava de um representante da empresa responsável pela segurança do evento e três pessoas ligadas ao trabalho, inclusive em cargo de liderança da equipe. Um investigado ainda não foi localizado.
Os dois nomes omitidos pela empresa são tratados como os principais suspeitos do assassinato do empresário. A polícia investiga se a omissão dos nomes foi má-fé ou um erro da logística. Todos os investigados ficaram calados nos depoimentos.
Segurança e lutador de Jiu-jitsu
Encontrado após mandado de busca, Leandro ficou poucas horas em custódia policial, após ser preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo, na manhã desta sexta-feira (18/7). Ele pagou R$ 1.804 de fiança, arbitrada pela Polícia Civil, e deixou o prédio do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) no começo da tarde.
O lutador foi detido porque foram encontradas na casa dele 21 munições, calibre 38, durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão, durante o qual também foram apreendidos dois celulares e um notebook.
Outros três vigilantes foram encaminhados ao DHPP, após serem alvo de mandados de busca, assim como um representante da empresa Esc Segurança, a qual também teve um mandado de busca a ela direcionado.
Todos foram liberados, sem prestarem depoimento, após a Polícia Civil formalizar a apreensão de sete celulares e cinco notebooks. Os equipamentos serão periciados, para que eventuais provas, relacionadas à morte do empresário, sejam colhidas pela equipe de investigação.
Fonte: Metrópoles