A Origem Energia deu um passo importante para a implementação de um marco inédito no setor energético nacional. Nesta segunda-feira (14), a empresa recebeu do Instituto do Meio Ambiente (IMA) de Alagoas a licença ambiental prévia para construir o primeiro sistema de estocagem subterrânea de gás natural do Brasil. O projeto, que será implantado no estado, deve atrair investimentos da ordem de US$ 200 milhões.
Além do armazenamento, a companhia planeja instalar termelétricas com capacidade de geração de 500 megawatts, conforme a previsão para o próximo Leilão de Reserva de Capacidade (LRCAP). Ao todo, a Origem Energia estima investir até US$ 700 milhões em Alagoas até 2030, consolidando o estado como um polo estratégico no setor de energia.
“O objetivo é tornar Alagoas a grande bateria do sistema elétrico brasileiro”, disse o CEO da Origem Energia, Luiz Felipe Coutinho. “Esperamos que o estado seja vencedor desse leilão e que possamos trazer este investimento para a população alagoana”, completou.
Ele destacou que, ao longo dos últimos quatro anos, a Origem Energia tem mantido um ritmo constante de investimentos, aplicando cerca de US$ 120 milhões anuais na retomada e fortalecimento das atividades de exploração e produção de petróleo e gás em Alagoas.
“Quando a Origem assumiu o Polo Alagoas, em 2022, a produção era de 3,5 mil barris de petróleo equivalente, sendo 300 mil metros cúbicos de gás. Com estes investimentos, a Origem elevou a produção para 15 mil barris de óleo equivalente, quatro vezes mais do que a produção inicial. Hoje, Alagoas produz 1,6 milhão de metros cúbicos gás por dia e esperamos elevar esse volume para mais de 2 milhões metros cúbicos de gás”, afirmou.
A Origem Energia opera atualmente 14 concessões de campos maduros de petróleo e gás natural, distribuídas pelos estados de Alagoas, Bahia, Espírito Santo e Rio Grande do Norte. Desses ativos, 13 estão localizados em terra (onshore) e um em águas rasas (offshore). Além disso, a companhia detém 18 blocos exploratórios nas Bacias de Sergipe-Alagoas e Tucano Sul, ampliando sua presença estratégica no setor energético nacional.
No estado de Alagoas, a empresa atua no Polo Alagoas, onde mantém uma Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) — a primeira a ser privatizada no Brasil —, além de duas estações de produção (Pilar e Furado), cinco estações coletoras e um sistema de escoamento com 230 quilômetros de dutos. Esse sistema possui acesso direto tanto ao Terminal de Armazenamento e Movimentação de Álcool e Combustíveis (TAMAC) quanto à malha da TAG, que integra a rede nacional de transporte de gás natural.
A empresa recebeu, nesta segunda, a licença ambiental prévia para implantação do primeiro projeto de Estocagem Subterrânea de Gás Natural (ESGN) do país, localizado em Alagoas. O empreendimento deve demandar investimentos de aproximadamente US$ 200 milhões e representa mais um passo da companhia na consolidação de infraestrutura energética moderna e eficiente no Brasil.