Um dos mais afetados com a pretensão do prefeito João Henrique Caldas (PL) de desistir da candidatura a governador, no próximo ano, foi seu vice, Rodrigo Cunha (Podemos).
Confirmado o projeto inicial, JHC renunciaria ao cargo em abril próximo, para ficar apto legalmente a concorrer ao governo, Rodrigo seria efetivado como titular e assumiria a condição de candidato natural à reeleição, em 2028.
Agora, vai ter de se conformar em continuar vice e pode até manter a intenção de ser candidado a prefeito, porém não no exercício do cargo, como seria o plano original.
O imprevisto surgiu em outubro do ano passado, quando o Superior Tribunal de Justiça incluiu Marluce Caldas, Procuradora de Justiça do Ministério Público de Alagoas e tia de JHC, em lista tríplice para a vaga de ministra da corte, o que se consumou semana passada, quando o presidente Lula (PT) formalizou a indicação dela.
Para conseguir essa benesse de Lula, JHC teve não apenas de desistir de disputar o governo em 2026, mas também fazer acordo para apoiar Renan Calheiros (MDB) à reeleição ao Senado e Renan Calheiros Filho (MDB) a governador, além, naturalmente, de se engajar no projeto de reeleição do presidente da República.
O detalhe é que Rodrigo Cunha, provável candidato a prefeito de Maceió em 2028, é oposição ferrenha não apenas aos Calheiros, mas inclusive ao governador Paulo Dantas (MDB), contra quem concorreu em 2022 e quase venceu no confronto pelo Palácio República dos Palmares.
Será que para concorrer à prefeitura, daqui a três anos e meio, Rodrigo Cunha vai também aderir ao grupo dos Calheiros? Ou terá cacife suficiente para enfrentá-los, contrariando JHC?
Esse é o seu dilema…
Fonte – Blog do Flávio Gomes de Barros