O Irã prometeu retaliação após os ataques realizados por Israel contra seu território, com uma ameaça direta também aos Estados Unidos. O porta-voz das Forças Armadas iranianas, Brigadeiro-General Abolfazl Shekarchi, declarou à mídia estatal IRNA que tanto Israel quanto os EUA “pagarão caro” pelas ações. Segundo ele, “a República Islâmica do Irã certamente retaliará, e o inimigo pagará um preço alto”.
Durante sua declaração, Shekarchi afirmou ainda que áreas residenciais foram atingidas durante os bombardeios, elevando o tom das críticas e alertas. Ele garantiu que as Forças Armadas do Irã estão em estado de prontidão total para responder aos ataques e defender o país diante de novas investidas.
Na véspera da ofensiva, os Estados Unidos já haviam tomado medidas de precaução. O governo norte-americano ordenou a retirada de funcionários não essenciais e de familiares de instalações no Oriente Médio. Embora não tenham detalhado as razões específicas da decisão, um funcionário da defesa mencionou o monitoramento de uma “tensão crescente” na região por parte do Comando Central dos EUA.
Fontes próximas à administração norte-americana revelaram à CNN que o então presidente Donald Trump e membros da Casa Branca tinham conhecimento prévio da possibilidade de ataques israelenses ao Irã na noite de quinta-feira (12). Isso indica que, apesar das declarações oficiais de distanciamento, havia um certo grau de expectativa e acompanhamento da situação.
Apesar das suspeitas de envolvimento indireto, o atual Secretário de Estado, Marco Rubio, negou qualquer participação dos Estados Unidos na operação militar. Em comunicado após os ataques, ele reforçou que não houve “envolvimento ou assistência” do governo norte-americano na ofensiva israelense.