Familiares de um homem de 43 anos, condenado a 25 anos de prisão por estupro de vulnerável contra a própria filha, realizaram um protesto na tarde desta quarta-feira (4) na rodovia AL-101 Norte, no bairro Garça Torta, em Maceió. Durante a manifestação, eles bloquearam a via em defesa do acusado, alegando que ele é inocente e foi condenado injustamente.
De acordo com os familiares, a acusação seria falsa e teria sido motivada, segundo eles, pelo desejo da vítima de sair de casa para morar com o namorado. A mãe da jovem afirmou que o pai não permitia que ela saísse de casa e, por isso, a filha teria mentido como forma de retaliação. “Ele não praticou esse ato. Foi a palavra dela contra a dele, mas não há provas, nem foi feito exame de corpo de delito,” disse a mãe da jovem, que preferiu não se identificar.
A irmã mais velha da vítima também contestou a condenação. Segundo ela, o pai sempre foi presente e não havia oportunidade para que o crime ocorresse. “Ela nunca ficou sozinha com ele. Dormia comigo e minhas irmãs. Isso nunca aconteceu. Ele me criou desde pequena. Dou minha vida por ele,” afirmou.
A condenação
O homem foi preso pela equipe da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), através da Seção de Capturas, sob comando da delegada Maria Eduarda, que deu cumprimento ao mandado de prisão decorrente de sentença condenatória.
De acordo com os autos do processo, a vítima relatou que os abusos começaram em 2019, quando ela tinha 12 anos, e se repetiram até os 14 anos. Segundo ela, os crimes ocorriam dentro de casa, quando os dois estavam sozinhos, com episódios que incluíam toques nas partes íntimas e beijos forçados.
A Justiça considerou os relatos consistentes e, após o processo legal, condenou o acusado a 25 anos de reclusão pelo crime de estupro de vulnerável. A prisão foi efetuada no bairro Riacho Doce, em Maceió.
O caso segue gerando repercussão e mobilização por parte dos familiares do condenado, que prometem buscar recursos na tentativa de reverter a decisão.