O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) classificou como “covarde” e “vergonhoso” o ataque israelense à Faixa de Gaza. O incidente, ocorrido na última sexta-feira (23), resultou na morte de nove dos dez filhos da médica palestina Alaa Al-Najjar.
“É mais um ato vergonhoso e covarde. Seu único filho sobrevivente e seu marido, também médico, seguem internados em estado crítico”, disse o chefe do Palácio do Planalto por meio de nota, divulgada neste domingo (25/5).
O incidente que resultou na morte das crianças ocorreu na cidade de Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, conforme informações do Ministério da Saúde local. As vítimas tinham entre sete meses e 12 anos de idade. A mãe das crianças, Alaa Al-Najjar, é pediatra e estava trabalhando no Hospital Nasser no momento do ataque.
“Esse episódio simboliza, em todas as suas dimensões, a crueldade e desumanidade de um conflito que opõe um estado fortemente armado contra a população civil indefesa, vitimando diariamente mulheres e crianças inocentes”, pontuou Lula.
O presidente brasileiro enfatizou que a ofensiva de Israel na Faixa de Gaza não pode mais ser considerada um direito de defesa. Essa declaração surge após o ataque do Hamas contra o território israelense em 7 de outubro de 2023, que resultou na morte de 1,2 mil pessoas.
“Já não se trata de direito de defesa, combater o terrorismo ou buscar a libertação dos reféns em poder do Hamas. O que vemos em Gaza hoje é vingança. O único objetivo da atual fase desse genocídio é privar os palestinos das condições mínimas de vida com vistas a expulsá-los de seu legítimo território”, finaliza o chefe do Planalto.
As informações do Ministério da Saúde de Gaza indicam que mais de 46 mil palestinos já morreram em decorrência das operações militares na região.