Diante dos alagamentos registrados nos últimos dias em diversos municípios alagoanos, a deputada estadual Fátima Canuto (Progressistas) voltou a defender medidas estruturantes para prevenir os impactos das chuvas e da seca em Alagoas. A parlamentar reiterou a necessidade da criação de um Comitê Intersetorial que reúna diferentes esferas de governo e instituições para estudar e implantar soluções permanentes para o problema.
A proposta foi apresentada pela deputada em 2023, por meio da Indicação nº 631/2023, na qual solicita a criação do comitê com participação do Governo Federal, dos estados de Alagoas e Pernambuco — que compartilham bacias hidrográficas como as dos rios Mundaú e Paraíba —, e de instituições como o BNDES. A ideia é promover estudos técnicos para conter o transbordamento de rios e lagoas e evitar tragédias recorrentes durante o período de chuvas.
Em maio deste ano, Fátima Canuto reforçou a proposta com uma nova indicação à Assembleia Legislativa. Desta vez, a parlamentar pede que o Governo do Estado desenvolva uma política hídrica mais ampla, com obras estruturais, como barragens e reservatórios, para conter tanto os excessos quanto a escassez de água. A medida visa garantir o abastecimento humano, preservar atividades produtivas e fomentar o desenvolvimento sustentável.
“É preciso ir além das ações emergenciais. O nosso estado sofre todos os anos com enchentes no litoral e seca no Agreste e no Sertão. Falta planejamento e estrutura para aproveitar corretamente a água que temos. É por isso que solicitamos a criação de um comitê intersetorial, para que possamos estudar soluções técnicas e duradouras”, declarou a deputada.
Em setembro de 2023, Fátima Canuto também promoveu uma audiência pública na ALE para debater o tema. O encontro reuniu especialistas, parlamentares, representantes de entidades da sociedade civil e órgãos técnicos com o objetivo de pensar políticas públicas voltadas à gestão hídrica e à prevenção de desastres. Segundo a deputada, os danos provocados pelas enchentes e pela seca são históricos e cíclicos, e exigem uma resposta integrada e planejada do poder público.
Fonte: Jornal Extra