Núbia Taciana Freire da Silva, esposa de José Emerson da Silva, o “Nem Catenga”, passou de coadjuvante a peça central na engrenagem criminosa do Comando Vermelho em Alagoas. Mesmo foragida e morando no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, ela coordena à distância atividades como tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e ocultação de bens, desempenhando papel estratégico na estrutura financeira da facção.
Relatórios da Secretaria de Segurança Pública de Alagoas revelam que Núbia atua como gestora de empresas de fachada, orienta laranjas e antecipa ações policiais. Vaidosa e com vida de luxo incompatível com sua renda declarada, ela figura como símbolo da nova geração de mulheres que assumem posições de liderança no crime organizado, deixando de ser apenas coadjuvantes nas organizações.
A investigação aponta que Núbia recebe salário de R$ 10 mil de uma empresa considerada fantasma, onde nunca trabalhou, mas com FGTS recolhido regularmente. Além disso, financia cirurgias estéticas, viagens e outros luxos com dinheiro oriundo de atividades ilícitas. Em apenas duas contas bancárias, ela movimentou mais de R$ 500 mil em seis meses, com dezenas de depósitos em dinheiro vivo e transferências suspeitas.
O casal ainda demonstra interesse em imóveis de alto padrão, com valores acima de R$ 2 milhões, adquiridos por meio de empresas de fachada e transações simuladas. O uso sistemático de terceiros e contas em nomes de familiares dificulta o rastreamento do dinheiro sujo. Segundo as autoridades, o padrão sofisticado adotado por Núbia reforça seu papel central na organização criminosa.
Fonte – GazetaWeb