Dos 115 mortos identificados na megaoperação das forças de segurança realizada na última terça-feira (5) nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, 17 não tinham antecedentes criminais, segundo levantamento do governo estadual divulgado pelo blog Segredos do Crime. Apesar disso, as investigações apontam que 12 desses 17 apresentavam indícios de envolvimento com o tráfico de drogas em publicações nas redes sociais.
A Polícia Civil informou que, até o momento, 115 dos 117 suspeitos mortos na ação foram identificados. O setor de Inteligência da corporação concluiu que mais de 95% deles tinham ligação comprovada com o Comando Vermelho (CV), e 54% eram oriundos de outros estados. Apenas dois casos seguem com laudos inconclusivos e passam por novas análises periciais.
Segundo o relatório, entre os mortos há 62 pessoas naturais de fora do Rio de Janeiro: 19 do Pará, nove do Amazonas, 12 da Bahia, quatro do Ceará, dois da Paraíba, um do Maranhão, nove de Goiás, um do Mato Grosso, três do Espírito Santo, um de São Paulo e um do Distrito Federal. O documento ainda aponta que o estado abriga líderes do crime organizado de 11 unidades da federação, distribuídos por quatro das cinco regiões do país.
“Entre os que morreram ao reagir à ação das forças policiais, havia diversos líderes criminosos, inclusive de outros estados, como chefes do tráfico do Espírito Santo, Amazonas, Bahia e Goiás. Conter a expansão territorial do Comando Vermelho e enfrentar criminosos de alta periculosidade depende de ações unificadas e inteligentes”, afirmou o governador Cláudio Castro (PL).
Indivíduos sem antecedentes criminais identificados:
(Com base no relatório, nomes e observações sobre indícios em redes sociais)
- Alessandro Alves Silva – sem registros criminais; análise de redes sociais indica envolvimento com o tráfico.
- Carlos Eduardo Santos Felício – sem antecedentes; não há indícios de participação em crimes.
- Cauãn Fernandes do Carmo Soares – sem antecedentes; redes sociais apontam ligação com o tráfico.
- Gabriel Lemos Vasconcelos – sem registros; não há indícios de crimes.
- Hercules Salles de Lima – sem antecedentes; não há indícios de crimes.
- Juan Marciel Pinho de Souza – sem registros; análise de redes sociais sugere envolvimento com o tráfico.
- Kauã de Souza Rodrigues da Silva – sem antecedentes; indícios de limpeza de perfil nas redes.
- Luiz Cláudio da Silva Santos – sem registros; não há indícios de crimes.
- Luiz Eduardo da Silva Mattos – redes sociais apontam relação com o tráfico; sem antecedentes.
- Marcos Antônio Silva Júnior – sem registros criminais.
- Ronald Oliveira Ricardo – sem antecedentes.
- Ronaldo Julião da Silva – sem registros.
- Tiago Neves Reis – publicações com alusões ao Comando Vermelho; sem antecedentes.
- Wellinson de Sena dos Santos – redes sociais apontam envolvimento com o tráfico; sem antecedentes.
- Wendel Francisco dos Santos – indícios de ligação com o tráfico em redes; sem antecedentes.
- Yago Ravel Rodrigues Rosário – foto em redes sugere envolvimento com o tráfico; sem antecedentes.
- Yan dos Santos Fernandes – publicações indicam ligação com o tráfico; sem antecedentes.













