O que começou como um teste de curiosidade acabou se transformando em uma conquista surpreendente para Matheus Morilhas Gomes, de apenas 13 anos, e sua mãe, Daniele Costa Morilhas, de 42. Aluno do 9º ano do ensino fundamental, Matheus se inscreveu como treineiro em um vestibular de Medicina em uma universidade de Limeira, no interior de São Paulo — e, para espanto geral, foi aprovado. Mais impressionante ainda: Daniele também foi aprovada. Mãe e filho agora dividem não só o amor pelos estudos, mas também a mesma vaga no curso dos sonhos.
Formada em Direito e administradora de uma clínica odontológica, Daniele sempre nutriu o desejo de cursar Medicina. “Eu sempre quis fazer Medicina. Sempre pesquisei e sempre gostei”, revela. A rotina de estudos com o filho, que compartilha do mesmo interesse pela área da saúde, reacendeu o sonho antigo.
“Minha mãe estudava comigo quando eu era criança, e hoje eu estudo com o Matheus. Quando ele falou que queria Medicina, eu brinquei que ainda seríamos colegas de sala”, conta Daniele, que viu a brincadeira se tornar realidade.
Matheus, que entrou na prova para testar seus conhecimentos, não esperava o resultado: “Eu fiz a prova sério, mas não achava que ia passar. Não sou o aluno perfeitinho e dou uma bagunçada às vezes, mas isso não quer dizer que eu não saiba das coisas. Sempre tirei notas boas”, disse, com o sorriso tímido de quem virou celebridade entre os colegas e seguidores nas redes sociais.
Na casa da família Morilhas, a aprovação no vestibular de Medicina foi em dose dupla — e com direito a muita comemoração. O adolescente Matheus, de 13 anos, surpreendeu ao passar no vestibular como treineiro, enquanto ainda cursa o 9º ano do ensino fundamental. Mas o que deixou a conquista ainda mais emocionante foi saber que sua mãe, Daniele Costa Morilhas, 42 anos, também foi aprovada.
“Quase tive uma parada cardíaca”, relembra Daniele, advogada e empresária, ao contar como recebeu a notícia da aprovação conjunta. “Liguei para a dona da escola do Matheus e fui até lá contar pessoalmente. Fomos pintados com tinta, tiramos fotos, foi uma festa! Nunca imaginei isso nem nos meus melhores sonhos.”
Apesar do feito impressionante, Matheus ainda não pode ingressar no curso por não ter concluído o ensino médio. Daniele também optou por adiar a matrícula, preferindo seguir o ritmo do filho. “Ele ainda é muito novo e tem que viver cada fase. Eu brinco que ainda estou no 9º ano com ele, e quando chegar o terceiro ano, a gente passa junto na Federal”, diz ela, que também se inscreveu para o Enem.
Mais do que a vitória em um vestibular concorrido, a história revela uma relação de cumplicidade e apoio entre mãe e filho. “Sempre estive presente em cada etapa da vida dele. Tenho só o Matheus e me organizei para acompanhar tudo de perto. Muitos pais acabam delegando demais à escola, mas acredito que a educação começa em casa”, afirma Daniele.
Matheus reconhece o papel fundamental da mãe em sua trajetória: “Ela sempre estudou comigo. Foi muito bom saber que ela passou junto comigo”, conta, ainda surpreso com a repercussão da notícia entre vizinhos, colegas e seguidores nas redes sociais. “Na escola todo mundo pergunta como alguém do 9º ano passa em Medicina. Acham que eu sou bagunceiro, mas sempre tirei notas boas. Fazer bagunça não quer dizer que eu não sou inteligente.”
Com bom humor e orgulho, mãe e filho seguem unidos em uma jornada que mal começou, mas já inspira muita gente.
